Consumo alimentar de pacientes ostomizados

As práticas alimentares dos pacientes ostomizados são capazes de provocar consequências importantes, que podem repercutir de maneira positiva ou negativa no estilo de vida. Assim, a dieta e o consumo alimentar são de grande importância na qualidade de vida e na diminuição ou aumento de sintomas inde...

Full description

Main Author: LINDOZO, Natália Adriane da Silva
Other Authors: DOURADO, Keila Fernandes
Format: bachelorThesis
Language: por
Published: 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33817
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Summary: As práticas alimentares dos pacientes ostomizados são capazes de provocar consequências importantes, que podem repercutir de maneira positiva ou negativa no estilo de vida. Assim, a dieta e o consumo alimentar são de grande importância na qualidade de vida e na diminuição ou aumento de sintomas indesejáveis. Este trabalho teve como objetivo analisar o consumo alimentar de pacientes ostomizados assistidos por um hospital público localizado em Pernambuco. O estudo foi de corte transversal, realizado no ambulatório de ostomizados do Hospital Barão de Lucena, localizado na cidade de Recife-PE. A obtenção do consumo alimentar foi realizada por meio de um recordatório de 24 horas e verificado a adequação do consumo de calorias, macronutrientes e micronutrientes, através das informações do projeto Aceleração da Recuperação Total Pós-operatória (ACERTO, 2016). Foram coletados também dados a respeito da situação socioeconômica e do estilo de vida. Fizeram parte da amostra 104 pessoas, com média de idade de 54,7±15,6 anos, sendo 52,9% do sexo masculino. O principal diagnóstico para a realização da ostomia foi o câncer colorretal 60,6% (n= 66). Dentre os fatores de estilo de vida atuais, 7,1% (n=7) eram fumantes, 6,7% (n=7) consumiam bebidas alcóolicas, e 94,2% (n=98) dos indivíduos não praticavam nenhum tipo de atividade física. A colostomia foi o tipo de ostomia predominante (82%). Possuíam ostomia de forma definitiva 51,9% (n= 54) dos pacientes ostomizados. Em relação ao consumo alimentar, 53,8% (n=56) apresentavam uma dieta de acordo com as recomendações em calorias, porém, 73,1% (n=76) da amostra tinha um consumo abaixo do recomendado em proteínas, 88,5% (n=92) de carboidratos e 100% (n=104) de lipídeos. Quanto aos micronutrientes, 55,8% (n=58) tinha uma ingestão abaixo do recomendado de zinco e 78,8% (n=82) de selênio. 86,5% (n=90) dos pacientes ingeriam abaixo do recomendado fontes de vitamina A, 65,4% (n=68) de vitamina C e 82,7% (n=86) de vitamina E. A respeito do consumo alimentar, grande parte dos participantes tinham dieta de acordo com as recomendações em calorias, mas abaixo das recomendações em proteínas, carboidratos e lipídeos, nos minerais zinco e selênio e nas vitaminas antioxidantes A, C e E. A partir do que foi observado, fica evidente a necessidade de mais estudos acerca da temática com objetivo de melhor orientar o consumo alimentar dessa população.