Negociando fanidade: um estudo sobre a constituição de subjetividades em uma comunidade virtual de fãs de música indie

A indústria da música conquista cada vez mais espaço na sociedade contemporânea, seja por suas fatias milionárias de mercado, seja pelo envolvimento das pessoas com seus produtos midiáticos. Como parte desse processo, tipos especiais de consumidores se destacam por sua conexão com essa produção. É o...

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Main Author: CAVALCANTI, Rodrigo César Tavares
Other Authors: LEÃO, André Luiz Maranhão de Souza
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33876
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Summary: A indústria da música conquista cada vez mais espaço na sociedade contemporânea, seja por suas fatias milionárias de mercado, seja pelo envolvimento das pessoas com seus produtos midiáticos. Como parte desse processo, tipos especiais de consumidores se destacam por sua conexão com essa produção. É o que se observa na música indie, que passou de um mero nicho para se tornar mundialmente conhecida, com fãs entusiastas de um universo lúdico que se tornou parte do cotidiano, seja no mundo concreto ou virtual. Esta tese se debruça sobre o envolvimento do fã em sua condição produtiva, política, geradora de textos que orientam o posicionamento dos sujeitos. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa foi identificar como se dá a constituição dos fãs como tais em uma comunidade virtual. Para atingir esse fim, foi utilizado o método netnográfico de Robert Kozinets aliada à lente teórica de Michel Foucault, mais especificamente o seu terceiro ciclo, focado na ética. Como resultado, foram identificadas quatro dimensões relacionais que expõem a dinâmica de subjetivação dos fãs na comunidade virtual, quais sejam: Afirmação de fã sobre si e os outros, Ruptura Fanísitca, Discussão da verdade sobre mainstream e Discussão da verdade sobre o indie. Dizem respeito a práticas feitas pelos fãs, uns sobre os outros, inclusive sobre si mesmos, que se relacionam e dão forma a tais dimensões; elas apontam para uma subjetivação baseada em operações morais de cuidado de si e dos outros por meio de fluxos de verdade.