Impacto dos níveis de TSH na qualidade de vida e na eficácia da radioiodoterapia em pacientes tireoidectomizados por câncer diferenciado da tireoide

O câncer diferenciado de tireoide (CDT) é uma doença em ascensão nas últimas três décadas e o tratamento mais indicado é a tireoidectomia cirúrgica complementada com a radioiodoterapia (RIT). Para a eficácia da RIT, é necessário que o paciente apresente um valor do hormônio estimulante da tireoide (...

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Main Author: SANTOS, Poliane Angelo de Lucena
Other Authors: LIMA, Fernando Roberto de Andrade
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34044
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Summary: O câncer diferenciado de tireoide (CDT) é uma doença em ascensão nas últimas três décadas e o tratamento mais indicado é a tireoidectomia cirúrgica complementada com a radioiodoterapia (RIT). Para a eficácia da RIT, é necessário que o paciente apresente um valor do hormônio estimulante da tireoide (TSH) ≥ 30 mUI/L. Entretanto este aumento nos níveis séricos de TSH compromete a qualidade de vida (QV) destes pacientes e este TSH tão elevado talvez não seja necessário para garantir o sucesso da RIT. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do valor sérico do TSH no sucesso da ablação com radioiodo, como também na QV de 31 pacientes com CDT de baixo risco, tireoidectomizados. Os pacientes foram divididos em grupo A (convencional) e B (intervencional) e receberam atividades de iodo-131 (¹³¹I) de 1,11 GBq (30 mCi) ou 3,70 GBq (100 mCi). O grupo A ficou em média 28 dias sem o hormônio LT4 para alcançar níveis de TSH ≥ 30 mUI/L e em seguida receberam o ¹³¹I. O grupo B ficou 15 dias sem o hormônio tireoidiano e, independente do nível de TSH sérico, receberam o ¹³¹I. Após a RIT, os pacientes foram submetidos a imagens na câmara de cintilação em três intervalos de tempo: 2, 24 e 96h para avaliação da dosimetria na região da tireoide. Os pacientes também realizaram o exame de tiroglobulina sérica (Tg) que é um marcador tumoral para detecção da doença residual, no intervalo de 3 e 6 meses após a RIT, onde uma média de 82,8% dos pacientes apresentaram níveis de Tg dentro do desejado que é 1ng/mL. Constatando, assim, que as atividades administradas do ¹³¹I alcançaram o sucesso na ablação. Todos responderam o questionário sobre QV com 30 questões em 5 momentos (consulta inicial, dia da RIT, 1, 3 e 6 meses após a RIT). O grupo A obteve uma QV inferior ao do grupo B, entretanto, os dois grupos alcançaram o sucesso ablativo em torno de 83,3% e 80%, respectivamente. Conclui-se que o nível de TSH ≥ 30 mUI/L não é fundamental para o sucesso da ablação e que o protocolo de 15 dias atende às necessidades do tratamento com menor comprometimento na QV do paciente.