Impacto dos níveis de TSH na qualidade de vida e na eficácia da radioiodoterapia em pacientes tireoidectomizados por câncer diferenciado da tireoide
O câncer diferenciado de tireoide (CDT) é uma doença em ascensão nas últimas três décadas e o tratamento mais indicado é a tireoidectomia cirúrgica complementada com a radioiodoterapia (RIT). Para a eficácia da RIT, é necessário que o paciente apresente um valor do hormônio estimulante da tireoide (...
Main Author: | SANTOS, Poliane Angelo de Lucena |
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Other Authors: | LIMA, Fernando Roberto de Andrade |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34044 |
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ir-123456789-340442019-10-26T06:14:47Z Impacto dos níveis de TSH na qualidade de vida e na eficácia da radioiodoterapia em pacientes tireoidectomizados por câncer diferenciado da tireoide SANTOS, Poliane Angelo de Lucena LIMA, Fernando Roberto de Andrade BRANDÃO, Simone Cristina Soares http://lattes.cnpq.br/4497510101656865 http://lattes.cnpq.br/9870663748100803 Engenharia nuclear Radioiodoterapia Qualidade de vida Níveis de TSH Dosimetria O câncer diferenciado de tireoide (CDT) é uma doença em ascensão nas últimas três décadas e o tratamento mais indicado é a tireoidectomia cirúrgica complementada com a radioiodoterapia (RIT). Para a eficácia da RIT, é necessário que o paciente apresente um valor do hormônio estimulante da tireoide (TSH) ≥ 30 mUI/L. Entretanto este aumento nos níveis séricos de TSH compromete a qualidade de vida (QV) destes pacientes e este TSH tão elevado talvez não seja necessário para garantir o sucesso da RIT. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do valor sérico do TSH no sucesso da ablação com radioiodo, como também na QV de 31 pacientes com CDT de baixo risco, tireoidectomizados. Os pacientes foram divididos em grupo A (convencional) e B (intervencional) e receberam atividades de iodo-131 (¹³¹I) de 1,11 GBq (30 mCi) ou 3,70 GBq (100 mCi). O grupo A ficou em média 28 dias sem o hormônio LT4 para alcançar níveis de TSH ≥ 30 mUI/L e em seguida receberam o ¹³¹I. O grupo B ficou 15 dias sem o hormônio tireoidiano e, independente do nível de TSH sérico, receberam o ¹³¹I. Após a RIT, os pacientes foram submetidos a imagens na câmara de cintilação em três intervalos de tempo: 2, 24 e 96h para avaliação da dosimetria na região da tireoide. Os pacientes também realizaram o exame de tiroglobulina sérica (Tg) que é um marcador tumoral para detecção da doença residual, no intervalo de 3 e 6 meses após a RIT, onde uma média de 82,8% dos pacientes apresentaram níveis de Tg dentro do desejado que é 1ng/mL. Constatando, assim, que as atividades administradas do ¹³¹I alcançaram o sucesso na ablação. Todos responderam o questionário sobre QV com 30 questões em 5 momentos (consulta inicial, dia da RIT, 1, 3 e 6 meses após a RIT). O grupo A obteve uma QV inferior ao do grupo B, entretanto, os dois grupos alcançaram o sucesso ablativo em torno de 83,3% e 80%, respectivamente. Conclui-se que o nível de TSH ≥ 30 mUI/L não é fundamental para o sucesso da ablação e que o protocolo de 15 dias atende às necessidades do tratamento com menor comprometimento na QV do paciente. CNEN CNPq Differentiated thyroid cancer (DTC) has been growing in the last three decades and the most indicated treatment is surgical thyroidectomy supplemented with Radioactive Iodine Therapy (RIT). For the efficacy of RIT, it is necessary for the patient to have a thyroid-stimulating hormone (TSH) ≥ 30mUl. However, this increase in the serum TSH levels weakens patients' quality of life (QoL) and such level of TSH may be not necessary to reach RIT success. The objective of this study was to evaluate the influence of serum TSH on the success of radioiodine ablation, as well as on the QoL of 31 patients with low-risk, thyroidectomized CDT. Patients were divided into group A (conventional) and B (interventional) and received iodine-131 (¹³¹I) activities of 1.11 GBq (30 mCi) or 3.70 GBq (100 mCi). Group A averaged 28 days without the hormone LT4 to reach TSH levels ≥ 30 mIU / L and then received the ¹³¹I. Group B remained for 15 days without the thyroid hormone and despite of serum TSH level, received ¹³¹I. After the RIT, the patients were submitted to images in the scintillation chamber in three time intervals: 2h, 24h and 96h in order to evaluate the dosimetry in the thyroid region. The patients also underwent an evaluation of the serum thyroglobulin (Tg) levels, which is a tumor marker for the detection of residual disease, at 3 and 6 months after RIT, and an average of 82.8% of the patients presented the expected Tg levels, which is 1ng / mL. As a result, the ¹³¹I administered activities achieved success in ablation. All patients answered a 30 questions QoL questionnaire in 5 moments (initial consultation, RIT day, 1, 3 and 6 months after RIT). Group A had a lower QoL than group B, however, both groups achieved ablative success at around 83.3% and 80%, respectively. It is concluded that the TSH level ≥ 30 mIU / L is not critical to the success of the ablation and that the 15-day protocol meets the needs of the treatment with less impairment in the patient's QoL. 2019-10-01T19:10:56Z 2019-10-01T19:10:56Z 2019-02-04 doctoralThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34044 por openAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear |
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Engenharia nuclear Radioiodoterapia Qualidade de vida Níveis de TSH Dosimetria |
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O câncer diferenciado de tireoide (CDT) é uma doença em ascensão nas últimas três décadas e o tratamento mais indicado é a tireoidectomia cirúrgica complementada com a radioiodoterapia (RIT). Para a eficácia da RIT, é necessário que o paciente apresente um valor do hormônio estimulante da tireoide (TSH) ≥ 30 mUI/L. Entretanto este aumento nos níveis séricos de TSH compromete a qualidade de vida (QV) destes pacientes e este TSH tão elevado talvez não seja necessário para garantir o sucesso da RIT. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do valor sérico do TSH no sucesso da ablação com radioiodo, como também na QV de 31 pacientes com CDT de baixo risco, tireoidectomizados. Os pacientes foram divididos em grupo A (convencional) e B (intervencional) e receberam atividades de iodo-131 (¹³¹I) de 1,11 GBq (30 mCi) ou 3,70 GBq (100 mCi). O grupo A ficou em média 28 dias sem o hormônio LT4 para alcançar níveis de TSH ≥ 30 mUI/L e em seguida receberam o ¹³¹I. O grupo B ficou 15 dias sem o hormônio tireoidiano e, independente do nível de TSH sérico, receberam o ¹³¹I. Após a RIT, os pacientes foram submetidos a imagens na câmara de cintilação em três intervalos de tempo: 2, 24 e 96h para avaliação da dosimetria na região da tireoide. Os pacientes também realizaram o exame de tiroglobulina sérica (Tg) que é um marcador tumoral para detecção da doença residual, no intervalo de 3 e 6 meses após a RIT, onde uma média de 82,8% dos pacientes apresentaram níveis de Tg dentro do desejado que é 1ng/mL. Constatando, assim, que as atividades administradas do ¹³¹I alcançaram o sucesso na ablação. Todos responderam o questionário sobre QV com 30 questões em 5 momentos (consulta inicial, dia da RIT, 1, 3 e 6 meses após a RIT). O grupo A obteve uma QV inferior ao do grupo B, entretanto, os dois grupos alcançaram o sucesso ablativo em torno de 83,3% e 80%, respectivamente. Conclui-se que o nível de TSH ≥ 30 mUI/L não é fundamental para o sucesso da ablação e que o protocolo de 15 dias atende às necessidades do tratamento com menor comprometimento na QV do paciente. |
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