Toxicidade e avaliação da atividade antimicrobiana de extratos vegetais da caatinga frente a patógenos orais
É crescente o número de problemas associados às doenças infecciosas e à resistência microbiana, o que tornou a descoberta de novos medicamentos um objetivo fundamental, inclusive na área da fitoterapia. A investigação de fitoterápicos para a área odontológica é escassa o que impulsionou a necessidad...
Main Author: | SANTOS, Naiara Raissa Souza |
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Other Authors: | CÂMARA, Andréa Cruz |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34134 |
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Summary: |
É crescente o número de problemas associados às doenças infecciosas e à resistência microbiana, o que tornou a descoberta de novos medicamentos um objetivo fundamental, inclusive na área da fitoterapia. A investigação de fitoterápicos para a área odontológica é escassa o que impulsionou a necessidade de pesquisas com o tema. O presente estudo objetivou identificar a atividade antimicrobiana in vitro dos extratos brutos das cascas das plantas Albizia polycephala (benth.) killip, Anandenthera colubrina vell (Brenan), Libidibia ferrea, Myracrondruon urundeuva e Ximenia americana L. e partes aéreas da Lippia grata (Shauer), selecionadas de acordo com o uso tradicional em comunidades do semiárido nordestino brasileiro. Os extratos vegetais foram testados frente às leveduras Candida albicans, Candida glabrata e Candida tropicalis e às bactérias Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans. Para determinar a atividade antimicrobiana, foi avaliada a concentração inibitória mínima (CIM) realizada pelo método de difusão em poço. A padronização do inóculo das cepas avaliadas foi obtida através da comparação da turbidez ao tubo padrão correspondente a 0,5 da escala de McFarland (1,5x10⁸UFC/mL). Posteriormente foi realizada a leitura da densidade óptica no espectrofotômetro (Bioespectro SP-220) com o comprimento de onda de 625 nm para bactérias e 530 nm para leveduras. Também foi determinada a toxicidade dos extratos brutos vegetais frente aos náuplios da Artemia salina L mediante à análise da CL50 pela análise Probit. Os extratos brutos da X. americana L., L. Ferrea e M. urundeuva obtiveram atividade antifúngica frente à C. albicans com Concentração Inibitória Mínima (CIM) de 62,5 μg/mL. C. glabrata, foi sensível ao extrato bruto da L. férrea (CIM = 125 μg/mL). Nenhum dos extratos obteve atividade antifúngica para a espécie C. tropicalis. Com relação às bactérias avaliadas, S. aureus foi sensível aos extratos brutos de L.ferrea, M. urundeuva e X. americana (CIM = 125 μg/mLl). O extrato que obteve melhor resultado para E.faecalis foi o extrato bruto da X. americana (CIM de 250 μg/mL) e para S. mutans foi o extrato bruto da L.grata Shauer (CIM = 125 μg/mL). No ensaio de toxicidade frente a A. salina L., o extrato bruto da M. urundeuva foi atóxico, com uma Concentração Letal Mediana (CL50) de 1203 μg/mL, seguido do extrato bruto da A. polycephala (Benth) Killip com CL50 de 801,7 μg/mL (pouco tóxico). Como conclusão, o estudo revelou que plantas provenientes e adaptadas ao semiárido do Nordeste brasileiro possuem atividade antimicrobiana contra a maioria das espécies de micro-organismos avaliadas, com exceção da C. tropicalis. |
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