Toxicidade e avaliação da atividade antimicrobiana de extratos vegetais da caatinga frente a patógenos orais

É crescente o número de problemas associados às doenças infecciosas e à resistência microbiana, o que tornou a descoberta de novos medicamentos um objetivo fundamental, inclusive na área da fitoterapia. A investigação de fitoterápicos para a área odontológica é escassa o que impulsionou a necessidad...

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Main Author: SANTOS, Naiara Raissa Souza
Other Authors: CÂMARA, Andréa Cruz
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34134
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spelling ir-123456789-341342019-11-13T16:34:21Z Toxicidade e avaliação da atividade antimicrobiana de extratos vegetais da caatinga frente a patógenos orais SANTOS, Naiara Raissa Souza CÂMARA, Andréa Cruz HIGINO, Jane Sheila http://lattes.cnpq.br/1983598039904037 http://lattes.cnpq.br/5398604294964634 http://lattes.cnpq.br/6798355197600459 Fitoterapia Extratos vegetais Saúde bucal Microbiologia É crescente o número de problemas associados às doenças infecciosas e à resistência microbiana, o que tornou a descoberta de novos medicamentos um objetivo fundamental, inclusive na área da fitoterapia. A investigação de fitoterápicos para a área odontológica é escassa o que impulsionou a necessidade de pesquisas com o tema. O presente estudo objetivou identificar a atividade antimicrobiana in vitro dos extratos brutos das cascas das plantas Albizia polycephala (benth.) killip, Anandenthera colubrina vell (Brenan), Libidibia ferrea, Myracrondruon urundeuva e Ximenia americana L. e partes aéreas da Lippia grata (Shauer), selecionadas de acordo com o uso tradicional em comunidades do semiárido nordestino brasileiro. Os extratos vegetais foram testados frente às leveduras Candida albicans, Candida glabrata e Candida tropicalis e às bactérias Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans. Para determinar a atividade antimicrobiana, foi avaliada a concentração inibitória mínima (CIM) realizada pelo método de difusão em poço. A padronização do inóculo das cepas avaliadas foi obtida através da comparação da turbidez ao tubo padrão correspondente a 0,5 da escala de McFarland (1,5x10⁸UFC/mL). Posteriormente foi realizada a leitura da densidade óptica no espectrofotômetro (Bioespectro SP-220) com o comprimento de onda de 625 nm para bactérias e 530 nm para leveduras. Também foi determinada a toxicidade dos extratos brutos vegetais frente aos náuplios da Artemia salina L mediante à análise da CL50 pela análise Probit. Os extratos brutos da X. americana L., L. Ferrea e M. urundeuva obtiveram atividade antifúngica frente à C. albicans com Concentração Inibitória Mínima (CIM) de 62,5 μg/mL. C. glabrata, foi sensível ao extrato bruto da L. férrea (CIM = 125 μg/mL). Nenhum dos extratos obteve atividade antifúngica para a espécie C. tropicalis. Com relação às bactérias avaliadas, S. aureus foi sensível aos extratos brutos de L.ferrea, M. urundeuva e X. americana (CIM = 125 μg/mLl). O extrato que obteve melhor resultado para E.faecalis foi o extrato bruto da X. americana (CIM de 250 μg/mL) e para S. mutans foi o extrato bruto da L.grata Shauer (CIM = 125 μg/mL). No ensaio de toxicidade frente a A. salina L., o extrato bruto da M. urundeuva foi atóxico, com uma Concentração Letal Mediana (CL50) de 1203 μg/mL, seguido do extrato bruto da A. polycephala (Benth) Killip com CL50 de 801,7 μg/mL (pouco tóxico). Como conclusão, o estudo revelou que plantas provenientes e adaptadas ao semiárido do Nordeste brasileiro possuem atividade antimicrobiana contra a maioria das espécies de micro-organismos avaliadas, com exceção da C. tropicalis. CAPES The number of problems associated with infectious diseases and microbial resistance, is increasing making the discovery of new medicines essential. In addition, investigation of herbal remedies for the dental field is scarce, giving importance to this research. The present study aims at identifying - in vitro - antimicrobial activity of crude extracts from the bark plants Albizia polycephala (benth). killip, Anandenthera colubrina vell (Brenan), Libidibia ferrea, Myracrondruon urundeuva and Ximenia americana L. and aerial part of Lippia grata (Shauer). These plants selected based on traditional use in communities of the semiarid region of the Brazilian Northeast. The plant extracts were tested for the detection of antimicrobial activity to yeasts Candida albicans, Candida glabrata, and Candida tropicalis, and the bacteria Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus and Streptococcus mutans. To determine the antimicrobial activity, there was valued the minimum inhibitory concentration (MIC) carried out by well diffusion test. The turbidity of the inoculum was compared visually to the standard tube 0.5 of the McFarland scale (1,5x10⁸UFC/mL) and was read in the spectrophotometer (Bioespectro SP-220). In addition to the determination of the toxicity for the Artemia salina by probit analysis. The crude extracts of X. americana, L. ferrea and M. urundeuva they obtained antifungal activities against C. albicans with MIC = 62.5 μg|ml. Candida glabrata was sensibility to the crude extract of L.ferrea (MIC = 125 μg/mL ). None of the extracts had antifungal activity against the Candida tropicalis. Evaluated bacteria, S. aureus was sensibility to the crude extracts of L. ferrea, M. urundeuva and X. americana. (MIC = 125 μg/mL). The extract that obtained the best results against E. faecalis was the crude extract of the X. americana with MIC = 250 μg|ml, and the extract that had the best activity against S. mutans was the crude extract of L. grata Shauer with CIM of 125 ug|ml. In the toxicity test against the A. salina L., the nontoxic extract was the one of the M.urundeuva, with a LC50 of 1203 ug|ml, followed by the crude extract of A. polycephala (Benth) Killip with LC50 of 801.7 μg / mL (low toxicity). As a conclusion, the study revealed that plants from the semiarid region of the Brazilian Northeast have antimicrobial activity against all species of microorganisms evaluated, except for C. tropicalis. 2019-10-03T17:53:13Z 2019-10-03T17:53:13Z 2018-06-25 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34134 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Odontologia
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Saúde bucal
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SANTOS, Naiara Raissa Souza
Toxicidade e avaliação da atividade antimicrobiana de extratos vegetais da caatinga frente a patógenos orais
description É crescente o número de problemas associados às doenças infecciosas e à resistência microbiana, o que tornou a descoberta de novos medicamentos um objetivo fundamental, inclusive na área da fitoterapia. A investigação de fitoterápicos para a área odontológica é escassa o que impulsionou a necessidade de pesquisas com o tema. O presente estudo objetivou identificar a atividade antimicrobiana in vitro dos extratos brutos das cascas das plantas Albizia polycephala (benth.) killip, Anandenthera colubrina vell (Brenan), Libidibia ferrea, Myracrondruon urundeuva e Ximenia americana L. e partes aéreas da Lippia grata (Shauer), selecionadas de acordo com o uso tradicional em comunidades do semiárido nordestino brasileiro. Os extratos vegetais foram testados frente às leveduras Candida albicans, Candida glabrata e Candida tropicalis e às bactérias Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans. Para determinar a atividade antimicrobiana, foi avaliada a concentração inibitória mínima (CIM) realizada pelo método de difusão em poço. A padronização do inóculo das cepas avaliadas foi obtida através da comparação da turbidez ao tubo padrão correspondente a 0,5 da escala de McFarland (1,5x10⁸UFC/mL). Posteriormente foi realizada a leitura da densidade óptica no espectrofotômetro (Bioespectro SP-220) com o comprimento de onda de 625 nm para bactérias e 530 nm para leveduras. Também foi determinada a toxicidade dos extratos brutos vegetais frente aos náuplios da Artemia salina L mediante à análise da CL50 pela análise Probit. Os extratos brutos da X. americana L., L. Ferrea e M. urundeuva obtiveram atividade antifúngica frente à C. albicans com Concentração Inibitória Mínima (CIM) de 62,5 μg/mL. C. glabrata, foi sensível ao extrato bruto da L. férrea (CIM = 125 μg/mL). Nenhum dos extratos obteve atividade antifúngica para a espécie C. tropicalis. Com relação às bactérias avaliadas, S. aureus foi sensível aos extratos brutos de L.ferrea, M. urundeuva e X. americana (CIM = 125 μg/mLl). O extrato que obteve melhor resultado para E.faecalis foi o extrato bruto da X. americana (CIM de 250 μg/mL) e para S. mutans foi o extrato bruto da L.grata Shauer (CIM = 125 μg/mL). No ensaio de toxicidade frente a A. salina L., o extrato bruto da M. urundeuva foi atóxico, com uma Concentração Letal Mediana (CL50) de 1203 μg/mL, seguido do extrato bruto da A. polycephala (Benth) Killip com CL50 de 801,7 μg/mL (pouco tóxico). Como conclusão, o estudo revelou que plantas provenientes e adaptadas ao semiárido do Nordeste brasileiro possuem atividade antimicrobiana contra a maioria das espécies de micro-organismos avaliadas, com exceção da C. tropicalis.
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