Ação tópica do ácido tânico no reparo alveolar dentário após alveolite induzida
A alveolite é uma das complicações mais comuns das extrações dentárias, e é caracterizada por dor intensa e retardo na cicatrização óssea. Recomenda-se evitar medicações sistêmicas, porém, as de uso local são bem aceitas pelo fato de diminuírem as chances de interações medicamentosas e efeitos adver...
Main Author: | RAIMUNDO, Ana Paula de Carvalho |
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Other Authors: | VIEIRA, Jeymesson Raphael Cardoso |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34377 |
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Summary: |
A alveolite é uma das complicações mais comuns das extrações dentárias, e é caracterizada por dor intensa e retardo na cicatrização óssea. Recomenda-se evitar medicações sistêmicas, porém, as de uso local são bem aceitas pelo fato de diminuírem as chances de interações medicamentosas e efeitos adversos. Atualmente, para seu tratamento, um composto fitoterápico utilizado é a pasta base de própolis (10%), iodofórmio (5%) e cera de abelha (2%). Com intuito de ampliar esse tratamento tópico foi estudado o ácido tânico que é um polifenol hidrolisável com efeitos farmacológicos antinflamatórios, antibacterianos e cicatriciais promissores. Objetivou-se com isso avaliar a ação da pasta base composta de ácido tânico a 10% e cera de abelha 2% no reparo alveolar após alveolite induzida. Para tanto, foram estudados cinqüenta e quatro ratos Wistar submetidos a exodontia do incisivo superior, seguido de indução da alveolite. Os animais foram divididos em três grupos de dezoito cada: grupo padrão (GP), utilizando a pasta base de própolis, iodofórmio e cera de abelha; grupo experimental (GE), utilizando a pasta base de ácido tânico e cera de abelha e grupo controle veículo (GC), utilizando a pasta base de cera de abelha 2%. Posteriormente, os grupos foram subdivididos em três subgrupos (7d, 14d e 21d) de seis animais e submetidos a eutanásia ao 7°, 14° e 21° dias após alveolite. As hemimaxilas foram coletadas para processamento histológico e os terços alveolares (cervical, médio e apical) submetidos a estudo avaliativo histológico e comparativo histomorfométrico. Desse modo aos sete dias o estudo histológico mostrou nos três grupos a presença de coágulo sanguíneo, infiltrado inflamatório intenso, neoformação vascular, tecido conjuntivo imaturo e trabeculado ósseo discreto; aos quatorze dias nos grupos GP e GE houve redução coágulo, aumento do tecido conjuntivo maduro e trabeculado ósseo confluente; aos vinte e um dias o processo de ossificação avançou por toda extensão alveolar, sendo mais evidente no terço médio do GE seguido do GP e GC. Os dados histomorfométricos mostraram que aos sete dias não houve significância estatística entre os grupos; aos quatorze dias houve diferença significativa no terço médio entre os grupos GP (39,5±2,73) e GE (38,63±3,56) em relação ao GC (22,97±2,00); aos vinte e um dias no terço médio a diferença se deu nos três grupos GE (67,15±3,01) com média mais elevada, seguido do GP (58,82±1,88) e GC (51,98±2,50); no terço apical a diferença foi entre os grupos GE (53,74±2,79) e GP (46,66±1,57) em relação ao GC (37,78±2,59). O que permite concluir que o ácido tânico foi muito eficiente na regeneração óssea alveolar podendo ser uma alternativa de tratamento tópico da alveolite. |
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