Ação tópica do ácido tânico no reparo alveolar dentário após alveolite induzida
A alveolite é uma das complicações mais comuns das extrações dentárias, e é caracterizada por dor intensa e retardo na cicatrização óssea. Recomenda-se evitar medicações sistêmicas, porém, as de uso local são bem aceitas pelo fato de diminuírem as chances de interações medicamentosas e efeitos adver...
Main Author: | RAIMUNDO, Ana Paula de Carvalho |
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Other Authors: | VIEIRA, Jeymesson Raphael Cardoso |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34377 |
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ir-123456789-343772019-10-26T07:02:20Z Ação tópica do ácido tânico no reparo alveolar dentário após alveolite induzida RAIMUNDO, Ana Paula de Carvalho VIEIRA, Jeymesson Raphael Cardoso EVÊNCIO, Liriane Baratella http://lattes.cnpq.br/9849778327693291 http://lattes.cnpq.br/6727125662817949 http://lattes.cnpq.br/8082905513650653 Alvéolo seco Regeneração óssea Polifenol Ácido tânico A alveolite é uma das complicações mais comuns das extrações dentárias, e é caracterizada por dor intensa e retardo na cicatrização óssea. Recomenda-se evitar medicações sistêmicas, porém, as de uso local são bem aceitas pelo fato de diminuírem as chances de interações medicamentosas e efeitos adversos. Atualmente, para seu tratamento, um composto fitoterápico utilizado é a pasta base de própolis (10%), iodofórmio (5%) e cera de abelha (2%). Com intuito de ampliar esse tratamento tópico foi estudado o ácido tânico que é um polifenol hidrolisável com efeitos farmacológicos antinflamatórios, antibacterianos e cicatriciais promissores. Objetivou-se com isso avaliar a ação da pasta base composta de ácido tânico a 10% e cera de abelha 2% no reparo alveolar após alveolite induzida. Para tanto, foram estudados cinqüenta e quatro ratos Wistar submetidos a exodontia do incisivo superior, seguido de indução da alveolite. Os animais foram divididos em três grupos de dezoito cada: grupo padrão (GP), utilizando a pasta base de própolis, iodofórmio e cera de abelha; grupo experimental (GE), utilizando a pasta base de ácido tânico e cera de abelha e grupo controle veículo (GC), utilizando a pasta base de cera de abelha 2%. Posteriormente, os grupos foram subdivididos em três subgrupos (7d, 14d e 21d) de seis animais e submetidos a eutanásia ao 7°, 14° e 21° dias após alveolite. As hemimaxilas foram coletadas para processamento histológico e os terços alveolares (cervical, médio e apical) submetidos a estudo avaliativo histológico e comparativo histomorfométrico. Desse modo aos sete dias o estudo histológico mostrou nos três grupos a presença de coágulo sanguíneo, infiltrado inflamatório intenso, neoformação vascular, tecido conjuntivo imaturo e trabeculado ósseo discreto; aos quatorze dias nos grupos GP e GE houve redução coágulo, aumento do tecido conjuntivo maduro e trabeculado ósseo confluente; aos vinte e um dias o processo de ossificação avançou por toda extensão alveolar, sendo mais evidente no terço médio do GE seguido do GP e GC. Os dados histomorfométricos mostraram que aos sete dias não houve significância estatística entre os grupos; aos quatorze dias houve diferença significativa no terço médio entre os grupos GP (39,5±2,73) e GE (38,63±3,56) em relação ao GC (22,97±2,00); aos vinte e um dias no terço médio a diferença se deu nos três grupos GE (67,15±3,01) com média mais elevada, seguido do GP (58,82±1,88) e GC (51,98±2,50); no terço apical a diferença foi entre os grupos GE (53,74±2,79) e GP (46,66±1,57) em relação ao GC (37,78±2,59). O que permite concluir que o ácido tânico foi muito eficiente na regeneração óssea alveolar podendo ser uma alternativa de tratamento tópico da alveolite. Alveolitis is one of the most common complications of dental extractions, and is characterized by severe pain and delayed bone healing. It is recommended to avoid systemic medications, but those of local use are well accepted because they decrease the chances of drug interactions and adverse effects. Currently, for its treatment, a phytotherapeutic compound used is the base paste of propolis (10%), iodoform (5%) and beeswax (2%). In order to extend this topical treatment, tannic acid, which is a hydrolyzable polyphenol with anti-inflammatory, antibacterial and cicatricial promising pharmacological effects, has been studied. The objective was to evaluate the action of the base paste composed of tannic acid 10% and beeswax 2% in the alveolar repair after induced alveolitis. Fifty-four Wistar rats were submitted to upper incisor extraction, followed by alveolitis induction. The animals were divided into three groups of eighteen each: standard group (GP), using the base paste of propolis, iodoforn and beeswax; (SG), using the tannic acid and beeswax base paste and vehicle control group (GC), using the base paste of beeswax 2%. Subsequently, the groups were subdivided into three subgroups (7d, 14d and 21d) of six animals and submitted to euthanasia at 7, 14 and 21 days after alveolitis. The hemimaxils were collected for histological processing and the alveolar thirds (cervical, middle and apical) submitted to histological and comparative histomorphometric evaluation. Thus at seven days histological study showed the presence of blood clot, intense inflammatory infiltrate, vascular neoformation, immature connective tissue and discrete bone trabeculation in the three groups; at fourteen days in the GP and EG groups there was a clot reduction, an increase in mature connective tissue and confluent bone trabeculation; at 21 days the ossification process advanced throughout the alveolar extension, being more evident in the middle third of the EG followed by the GP and CG. Histomorphometric data showed that at seven days there was no statistical significance between groups; at 14 days there was a significant difference in the mean third between the GP groups (39.5 ± 2.73) and the GE (38.63 ± 3.56) in relation to the CG (22.97 ± 2.00); at 21 days in the middle third the difference was in the three GE groups (67.15 ± 3.01) with the highest mean, followed by GP (58.82 ± 1.88) and CG (51.98 ± 2 , 50); in the apical third the difference was between the groups GE (53.74 ± 2.79) and GP (46.66 ± 1.57) in relation to the CG (37.78 ± 2.59). This leads to the conclusion that tannic acid was very efficient in alveolar bone regeneration and may be an alternative for the topical treatment of alveolitis. 2019-10-09T18:24:55Z 2019-10-09T18:24:55Z 2019-04-30 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34377 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude |
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Alvéolo seco Regeneração óssea Polifenol Ácido tânico |
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Alvéolo seco Regeneração óssea Polifenol Ácido tânico RAIMUNDO, Ana Paula de Carvalho Ação tópica do ácido tânico no reparo alveolar dentário após alveolite induzida |
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A alveolite é uma das complicações mais comuns das extrações dentárias, e é caracterizada por dor intensa e retardo na cicatrização óssea. Recomenda-se evitar medicações sistêmicas, porém, as de uso local são bem aceitas pelo fato de diminuírem as chances de interações medicamentosas e efeitos adversos. Atualmente, para seu tratamento, um composto fitoterápico utilizado é a pasta base de própolis (10%), iodofórmio (5%) e cera de abelha (2%). Com intuito de ampliar esse tratamento tópico foi estudado o ácido tânico que é um polifenol hidrolisável com efeitos farmacológicos antinflamatórios, antibacterianos e cicatriciais promissores. Objetivou-se com isso avaliar a ação da pasta base composta de ácido tânico a 10% e cera de abelha 2% no reparo alveolar após alveolite induzida. Para tanto, foram estudados cinqüenta e quatro ratos Wistar submetidos a exodontia do incisivo superior, seguido de indução da alveolite. Os animais foram divididos em três grupos de dezoito cada: grupo padrão (GP), utilizando a pasta base de própolis, iodofórmio e cera de abelha; grupo experimental (GE), utilizando a pasta base de ácido tânico e cera de abelha e grupo controle veículo (GC), utilizando a pasta base de cera de abelha 2%. Posteriormente, os grupos foram subdivididos em três subgrupos (7d, 14d e 21d) de seis animais e submetidos a eutanásia ao 7°, 14° e 21° dias após alveolite. As hemimaxilas foram coletadas para processamento histológico e os terços alveolares (cervical, médio e apical) submetidos a estudo avaliativo histológico e comparativo histomorfométrico. Desse modo aos sete dias o estudo histológico mostrou nos três grupos a presença de coágulo sanguíneo, infiltrado inflamatório intenso, neoformação vascular, tecido conjuntivo imaturo e trabeculado ósseo discreto; aos quatorze dias nos grupos GP e GE houve redução coágulo, aumento do tecido conjuntivo maduro e trabeculado ósseo confluente; aos vinte e um dias o processo de ossificação avançou por toda extensão alveolar, sendo mais evidente no terço médio do GE seguido do GP e GC. Os dados histomorfométricos mostraram que aos sete dias não houve significância estatística entre os grupos; aos quatorze dias houve diferença significativa no terço médio entre os grupos GP (39,5±2,73) e GE (38,63±3,56) em relação ao GC (22,97±2,00); aos vinte e um dias no terço médio a diferença se deu nos três grupos GE (67,15±3,01) com média mais elevada, seguido do GP (58,82±1,88) e GC (51,98±2,50); no terço apical a diferença foi entre os grupos GE (53,74±2,79) e GP (46,66±1,57) em relação ao GC (37,78±2,59). O que permite concluir que o ácido tânico foi muito eficiente na regeneração óssea alveolar podendo ser uma alternativa de tratamento tópico da alveolite. |
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