Estudo da maturação óssea em pacientes portadores de anemia falciforme por meio da telerradiografia lateral

O objetivo do presente estudo foi avaliar o processo de maturação de crianças e adolescentes portadores de anemia falciforme por meio da avaliação dimensional em telerradiografias de perfil das vértebras C3 e C4. Os autores analisaram 59 documentações ortodônticas (radiografias cefalométricas latera...

Full description

Main Author: SOARES, Caio Belém Rodrigues Barros
Other Authors: PONTUAL, Maria Luiza dos Anjos
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2020
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38058
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Summary: O objetivo do presente estudo foi avaliar o processo de maturação de crianças e adolescentes portadores de anemia falciforme por meio da avaliação dimensional em telerradiografias de perfil das vértebras C3 e C4. Os autores analisaram 59 documentações ortodônticas (radiografias cefalométricas laterais e da região da mão e punho) de indivíduos não tratados com diagnóstico confirmado de anemia falciforme (31 meninos e 28 meninas; faixa etária de 7 a 18 anos) de um serviço público de referência em tratamento de doenças sanguíneas. Como padrãoouro, a idade óssea foi determinada nas radiografias de mão e punho, de acordo com o método de Greulich e Pyle. O método quantitativo de Caldas et al. (2010) foi utilizado para avaliar a idade óssea usando a C3 e C4, como exibido em radiografias telerradiografias de perfil. A comparação da distribuição das idades ósseas avaliadas nos dois métodos foi realizada pelo teste de Wilcoxon. A sensibilidade e especificidade (antes e depois do pico da velocidade de crescimento) da idade óssea cervical e a idade cronológica foram calculadas considerando a idade óssea do punho de mão como o padrão ouro. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar as idades ósseas obtidas para pacientes portadores de anemia falciforme com aqueles de uma população controle (90 pacientes do sexo masculino e 97 do feminino). Toda análise estatística inferencial foi realizada considerando o nível de significância de 5%. A concordância intraexaminador variou de quase perfeita a perfeita no que diz respeito à determinação da idade óssea por meio da radiografia da região da mão e punho usando o método de Greulich e Pyle e foi substancial para a avaliação quantitativa de C3 e C4 de acordo com Caldas et al. (2010). Não foram encontradas diferenças significativas entre a idade óssea cervical e carpal nos pacientes do sexo masculino (p = 0,422) e feminino (p = 0,856). Tanto a idade cronológica quanto a idade óssea cervical mostraram alta sensibilidade. No entanto, melhores resultados de especificidade foram verificados para a idade cronológica. Somente nas idades de 8 e 11 anos em pacientes do sexo feminino foi observado um atraso na maturação óssea de indivíduos dos pacientes portadores de anemia falciforme em relação à população controle. A fórmula desenvolvida por Caldas et al. (2010) é aplicável em uma população de indivíduos com anemia falciforme. Em comparação com a idade óssea cervical, a idade cronológica mostrou maior precisão na alocação de pacientes da população estudada, especialmente aqueles do sexo masculino, antes ou após o pico da velocidade de crescimento do crescimento. A maturação óssea tardia foi observada em pacientes do sexo feminino com anemia falciforme com 8 e 11 anos de idade. Essas diferenças foram mais pronunciadas nas pacientes mais jovens.