Lipídios de sementes: potencial econômico e quimiossistemático

Os óleos fixos obtidos de sementes são objetos de estudos para diversos fins industriais. Os óleos possuem composição de ácidos graxos e compostos bioativos de elevado valor econômico, utilizados na formulação de alimentos, cosméticos, fármacos, tintas, vernizes, lubrificantes e biodiesel. Os ácidos...

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Main Author: COUTINHO, Diogenes José Gusmão
Other Authors: OLIVEIRA, Antonio Fernando Morais de
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25249
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Summary: Os óleos fixos obtidos de sementes são objetos de estudos para diversos fins industriais. Os óleos possuem composição de ácidos graxos e compostos bioativos de elevado valor econômico, utilizados na formulação de alimentos, cosméticos, fármacos, tintas, vernizes, lubrificantes e biodiesel. Os ácidos graxos de sementes também têm sido usados como ferramentas quimiossistemáticas. Neste estudo objetivou-se determinar o teor do óleo, a composição dos ácidos graxos e algumas propriedades fisico-químicas do óleo de sementes em 18 espécies de plantas nativas ocorrentes no estado de Pernambuco, avaliando o potencial para uso em biodiesel e outros setores industriais. Os resultados de uma análise fenética com base na composição de ácidos graxos de sementes de onze espécies de Sapindaceae, discutindo seu significado quimiotaxonômico também são apresentados. Sementes foram coletadas e o óleo extraído e analisado por métodos cromatográficos e espectrométricos. O teor de óleo das sementes variou de 25,4% em Croton floribundus até 64,2% em Clusia paralicola. Economicamente, as espécies que se destacaram com sementes maiores, de maior biomassa e com elevado teor de óleo foram: Basiloxylon brasiliensis, Cissampelos andromorpha, Clusia nemorosa, C. paralicola, Guarea guidonia, Rauwolfia grandiflora, Sapium glandulosum, Sterculia excelsa, Tabernaemontana flavicans e Tovomita brevistaminea. Os ácidos graxos predominantes foram os ácidos oleico, linoleico e linolênico em 83,33% das espécies, sendo estas indicadas como matéria-prima as indústrias de biocombustíveis, lubrificantes, plásticos, adesivos, cosméticos e produtos farmacêuticos. Um fenograma obtido a partir do perfil de ácidos graxos mostrou a formação de dois agrupamentos: o primeiro, devido a elevada concentração do ácido gadoléico, reuniu todas as espécies dos gêneros Paullinia e Serjania (tribo Paullineae). O segundo agrupamento apresentou uma menor similaridade química com espécies pertencentes a diferentes tribos. Ainda assim, foi verificado que neste cluster que o perfil de ácidos graxos agrupou as espécies de Allophylus. Os resultados obtidos evidenciam que a composição de ácidos dá suporte a separação da Tribo Paullineae das demais estudadas. Os ácidos graxos agruparam as espécies pertences ao mesmo gênero, denotando que possíveis afinidades infragenéricas e intraespecíficas podem ser mais bem avaliadas através de uma análise com mais táxons da família.