A ludicidade nas tramas da leitura: o jogo mobilizador de sujeito, lugares e sentidos no livro didático de língua espanhola
A presente pesquisa se dedica a pensar acerca da ludicidade, a partir do viés da Análise do Discurso de linha pecheuxtiana. Mais especificamente, buscamos investigar como Livros Didáticos (LDs) de Espanhol como Língua Estrangeira (ELE) adotados no ensino médio promovem a produção de leitura, observa...
Main Author: | GOMES, Marina Maria da Glória |
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Other Authors: | DE NARDI, Fabiele Stockmans |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34426 |
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ir-123456789-344262019-10-11T05:14:28Z A ludicidade nas tramas da leitura: o jogo mobilizador de sujeito, lugares e sentidos no livro didático de língua espanhola GOMES, Marina Maria da Glória DE NARDI, Fabiele Stockmans http://lattes.cnpq.br/9201814627182144 http://lattes.cnpq.br/5498953650037116 Ludicidade Leitura Língua estrangeira Livro didático A presente pesquisa se dedica a pensar acerca da ludicidade, a partir do viés da Análise do Discurso de linha pecheuxtiana. Mais especificamente, buscamos investigar como Livros Didáticos (LDs) de Espanhol como Língua Estrangeira (ELE) adotados no ensino médio promovem a produção de leitura, observando se há, nesse trabalho com a leitura, espaços de ludicidade. Nossa análise esteve centrada na produção da leitura viabilizada pela elaboração dos enunciados em torno do texto, o que tornou possível o acesso ao jogo entre paráfrase e polissemia na mediação proposta pelo LD. Tomamos como ponto de partida o pressuposto de que o modo como o LD constrói a prática da leitura pode abrir mais ou menos espaços para a polissemia e/ou (im)possibilitar a abertura aos espaços de ludicidade. Apoiamo-nos nas leituras de Orlandi (1996) para as reflexões sobre o jogo entre paráfrase e polissemia nos processos de significação, além de recorrer às discussões da mesma autora (1988, 2001) sobre a leitura enquanto produção. Nas discussões em torno à relação entre língua, sujeito e subjetividade, recorremos a De Nardi (2007), Coracini (2007), Celada e Payer (2016). Ao longo do percurso teórico proposto, defendemos um olhar sobre o ensino de línguas que aponta para a dimensão formativa do sujeito, ou seja, defendemos que há um ganho na experiência da LE que vai além da língua fechada em um código, dada a experiência do sair do lugar, do deslocar-se discursivamente. Foi pensando na reversibilidade de lugares no discurso que chegamos à compreensão sobre o trabalho com a ludicidade, pois nossa discussão sobre a ludicidade não esteve centrada apenas no brincar, nossa reflexão está voltada aos jogos de sentidos por meio da experiência de se deslocar discursivamente por meio da ruptura na reprodução de sentidos e possibilitar a criatividade, não entendida como criação de novos sentidos, mas como ressignificação. Nas análises do corpus, demos visibilidade à investida dos LDs em um trabalho que se propõe a mobilizar espaços de refletir sobre a cultura do outro, mas, regularmente, desliza para uma mediação que restringe o sujeito-leitor a um trabalho parafrástico e, portanto, autoritário, de modo a impedir sua inscrição nos saberes outros que não sejam apenas os delimitados pela leitura prevista do texto. Contudo, ainda que de forma tênue, é possível considerar algumas aberturas ao funcionamento da ludicidade, não através da mediação da leitura realizada pelo LD, mas pela presença de alguns textos que podem levar aos espaços de ludicidade, a depender da mediação do professor. CNPq La presente investigación se dedica a pensar acerca de la ludicidad, a partir del enfoque del Análisis del Discurso Pecheuxtiano. Más específicamente, buscamos investigar cómo Libros Didácticos (LDs) de Español como Lengua Extranjera (ELE) adoptados en la enseñanza media promueven la producción de la lectura, observando si hay, en ese trabajo con la lectura, espacios de ludicidad. Nuestro análisis estuvo centrado en la producción de la lectura viabilizada por la elaboración de los enunciados en torno al texto, lo que hace posible el acceso al juego entre paráfrasis y polisemia. Tomamos como punto de partida la hipótesis de que el modo como el LD construye la práctica puede abrir más o menos espacio para la polisemia y/o (im)posibilitar la apertura de espacios para la ludicidad. Nos apoyamos en las lecturas de Orlandi (1996) para las reflexiones sobre el juego entre paráfrasis y polisemia en los procesos de significación, además de recurrir a las discusiones de la misma autora (id. 1988, 2001) sobre la lectura como producción. En las discusiones sobre la relación entre lengua, sujeto y subjetividad, nos apoyamos en De Nardi (2007), Coracini (2007), Celada y Payer (2016). A lo largo del curso teórico propuesto, utilizamos una mirada acerca de la enseñanza de lenguas que se dirige para una dimensión formativa del sujeto, es decir, defendemos que existe un gano de experiencia de la LE que vá mucho más allá de la lengua cerrada en un código, dada la experiencia del salir del lugar, del desplazarse discursivamente. Pensando en el carácter reversible de lugares en el discurso, llegamos a la comprensión respecto al trabajo con la ludicidad, ya que nuestra discusión acerca del lúdico se centró solamente en el jugar, sino remite a los juegos de sentidos a través de la experiencia de moverse discursivamente por medio de la ruptura de sentidos y posibilitar la creatividad, no comprendida como creación de nuevos sentidos, sino como resignificación. En los análisis del corpus, demos visibilidad a la investida de los LDs en un trabajo que se propone a movilizar espacios de reflexión acerca da cultura del otro, pero, a veces, desliza para la mediación que restringe el sujeto-lector a un trabajo parafrástico y, por ello, autoritario, de modo a impedir su inscripción en los saberes del otro que no sean solo los delimitados por la lectura prevista del texto. Sin embargo, aunque de modo tenue, es posible considerar algunas aperturas al funcionamiento de la ludicidad, no a través de la mediación de la lectura realizada por el LD, sino por la presencia de algunos textos que pueden llevar a los espacios de ludicidad a depender del trabalho propuesto por el profesor. 2019-10-10T18:52:30Z 2019-10-10T18:52:30Z 2019-06-19 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34426 por openAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
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Ludicidade Leitura Língua estrangeira Livro didático |
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A presente pesquisa se dedica a pensar acerca da ludicidade, a partir do viés da Análise do Discurso de linha pecheuxtiana. Mais especificamente, buscamos investigar como Livros Didáticos (LDs) de Espanhol como Língua Estrangeira (ELE) adotados no ensino médio promovem a produção de leitura, observando se há, nesse trabalho com a leitura, espaços de ludicidade. Nossa análise esteve centrada na produção da leitura viabilizada pela elaboração dos enunciados em torno do texto, o que tornou possível o acesso ao jogo entre paráfrase e polissemia na mediação proposta pelo LD. Tomamos como ponto de partida o pressuposto de que o modo como o LD constrói a prática da leitura pode abrir mais ou menos espaços para a polissemia e/ou (im)possibilitar a abertura aos espaços de ludicidade. Apoiamo-nos nas leituras de Orlandi (1996) para as reflexões sobre o jogo entre paráfrase e polissemia nos processos de significação, além de recorrer às discussões da mesma autora (1988, 2001) sobre a leitura enquanto produção. Nas discussões em torno à relação entre língua, sujeito e subjetividade, recorremos a De Nardi (2007), Coracini (2007), Celada e Payer (2016). Ao longo do percurso teórico proposto, defendemos um olhar sobre o ensino de línguas que aponta para a dimensão formativa do sujeito, ou seja, defendemos que há um ganho na experiência da LE que vai além da língua fechada em um código, dada a experiência do sair do lugar, do deslocar-se discursivamente. Foi pensando na reversibilidade de lugares no discurso que chegamos à compreensão sobre o trabalho com a ludicidade, pois nossa discussão sobre a ludicidade não esteve centrada apenas no brincar, nossa reflexão está voltada aos jogos de sentidos por meio da experiência de se deslocar discursivamente por meio da ruptura na reprodução de sentidos e possibilitar a criatividade, não entendida como criação de novos sentidos, mas como ressignificação. Nas análises do corpus, demos visibilidade à investida dos LDs em um trabalho que se propõe a mobilizar espaços de refletir sobre a cultura do outro, mas, regularmente, desliza para uma mediação que restringe o sujeito-leitor a um trabalho parafrástico e, portanto, autoritário, de modo a impedir sua inscrição nos saberes outros que não sejam apenas os delimitados pela leitura prevista do texto. Contudo, ainda que de forma tênue, é possível considerar algumas aberturas ao funcionamento da ludicidade, não através da mediação da leitura realizada pelo LD, mas pela presença de alguns textos que podem levar aos espaços de ludicidade, a depender da mediação do professor. |
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